Em Portugal, o uso começou bastante cedo, nas cortes de finais do século XV, princípio do século XVI. São conhecidos relatos de garfos usados por D. Beatriz, mãe de D. Manuel I e pelo próprio D. Manuel I, mas de forma casual. O uso de garfos e facas em conjunto, quotidianamente, é documentado para D. João III. Também a dinastia Filipina os utilizaria. O uso tornar-se-ia popular com a aristocracia e alta burguesia em 1836, com a Rainha Maria II, filha de Dom Pedro I do Brasil, quando seu esposo Fernando II de Portugal (Fernando de Saxe-Coburgo-Gota) a convenceu a usar o novo talher de forma habitual em eventos da corte. Entre sua introdução na Europa e o final do século XVII, surgiu o terceiro dente. O quarto dente teria surgido na segunda metade do século XVII para atender ao Rei Fernando II das Duas Sicílias (Fernando de Bourbon), o qual não gostava dos fios longos de espaguete escorregarem nos garfos de três dentes. Na Inglaterra não chegou antes de meados do século XVII, trazido pelo viajante Thomas Coryat.
Durante toda a época colonial brasileira os garfos, que já eram raros em toda a Europa, praticamente não eram aqui encontrados. Todos, do escravo ao mais rico senhor de engenho, comiam com as mãos. Seu uso começou a se popularizar apenas no século XIX.
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